sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pioneiro, Mineirão inaugura usina solar

Mineirão de olho na sustentabilidade


Primeiro dos estádios para a Copa que vai produzir energia solar, o Mineirão foi palco ontem da inauguração oficial da Usina Solar Fotovoltaica (USF), capaz de gerar energia para abastecer o equivalente a 900 residências. Toda a produção será transmitida para a rede elétrica da Cemig, e 10% dela voltará para o Mineirão.

Com a USF, o estádio poderá receber o selo de sustentabilidade, o Green Building, exigido pela Fifa para todos os palcos da Copa do Mundo. Segundo o coordenador da Cemig Alexandre Heringer, a usina deve funcionar operacional ligada comercialmente dentro de dois meses, ou seja, até a Copa das Confederações.

“A ideia é que o Mineirão tenha a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), de sustentabilidade, então os relatórios estão sendo feitos desde o início da obra. Não é só a questão da energia, mas também do reaproveitamento de chuva, da destinação dos resíduos. É um equipamento muito moderno que está seguindo o mais importante, que é a sustentabilidade ambiental”, explicou o secretário extraordinário para a Copa do Mundo, Tiago Lacerda.

A instalação teve um custo de cerca de R$ 10,5 milhões, sendo que 80% foi financiado com recursos do Banco de Desenvolvimento da Alemanha, o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW). A própria inspiração para a construção também veio da Alemanha, da cidade de Freiburg, considera a capital solar do país. “Teremos o dobro de radiação de Freiburg, a nossa cidade inspiradora”, comemorou Heringer.

“É uma parceria com o governo alemão, que já tem muita experiência nisso, e também foi feita uma visita à Suíça, onde existe esse tipo de ação”, completou Tiago Lacerda.

Para realizar a manutenção do empreendimento, a empresa portuguesa Martifer Solar venceu a licitação feita pelo Governo de Minas e Cemig e ficará responsável. A Martifer também foi a montadora de toda a estrutura.

A USF faz parte de um projeto chamado “Mineirão Solar”, que pretende abastecer também o entorno do estádio, como o Mineirinho e o futuro Centro de Treinamento Esportivo (CTE). A Cemig ainda pretende expandir o projeto. “Temos outros estudos feitos com o CTE e com o Aeroporto de Confins, que inclusive temos um encaminhamento, um estudo, mas ainda não há nada concreto”, explicou Heringer.


FONTE: http://www.otempo.com.br

17 de MAIO - Dia Internacional da Reciclagem

quinta-feira, 16 de maio de 2013

RJ: projeto inédito no mundo produz energia a partir de gás metano do lixo

O lixo vai produzir energia na Baixada Fluminense. Começa a operar em junho um projeto inédito no mundo, que aproveita o gás metano acumulado no antigo aterro sanitário de Gramacho. Até junho do ano passado Gramacho era o maior aterro de lixo da América Latina. Durante quase 35 anos, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, recebeu milhões de toneladas de resíduos do Rio de Janeiro e dos municípios vizinhos.

O fechamento do aterro deixou para trás uma montanha de lixo de 60 metros de altura. O que à primeira vista parecia ser um gigantesco problema ambiental tem agora um fim bem mais nobre. A decomposição da matéria orgânica acumulada nas profundezas gera metano, um gás combustível, também chamado de biogás.

A partir de junho, o aterro de Gramacho passará a ser oficialmente uma usina de energia. Todo o gás metano do aterro será retirado e transportado por tubulações em direção à estação de tratamento, onde o gás será purificado e bombeado até uma refinaria de petróleo. É o primeiro negócio do gênero no mundo. São seis quilômetros de extensão de gasoduto, do aterro até a Refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc equivale a todo o gás natural consumido diariamente nas residências e estabelecimentos comerciais de todo o estado do Rio.

O contrato prevê o fornecimento de gás por 15 anos. O aterro tem capacidade para gerar 70 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, suficiente para abastecer uma frota de 50 mil carros movidos a gás que rodassem 10 mil quilômetros por ano cada um.

“Toda e qualquer cidade poderia ter, a partir do seu aterro, realmente transformando o biogás em gás, equivalente ao GNV, eu dia melhor que o GNV, inclusive em termos de características, e abastecer uma parte da frota da cidade”, afirma o presidente da empresa operadora do sistema, Manoel Avelino.

São ao todo 300 pontos de captação espalhados pelo aterro. Em cada um deles, o gás do lixo sai na pressão. “O aproveitamento energético de aterro, do gás que é gerado no seu interior, é um dever que todos temos que assumir e providenciar para que possa ser simplesmente o fornecimento de gás para residências próximas, geração de energia no próprio aterro ou até purificação e uso como no gás veicular”, afirma o assessor da Diretoria Técnica e de Logística da Companhia de Limpeza Urbana do Rio, José Henrique Penido.


FONTE: http://g1.globo.com

Fim dos lixões pode levar a problema social, alertam políticos e ambientalista

O fim dos lixões em todo o país, previsto para ocorrer a partir de agosto de 2014, representará um ganho ambiental mas poderá gerar um passivo social. A Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, obriga os municípios a depositarem o lixo em aterros sanitários controlados, o que significa um melhor ordenamento dos resíduos, que deixarão de poluir o meio ambiente, mas ao mesmo tempo representa o fim do trabalho para milhares de catadores.

No estado do Rio de Janeiro, o fechamento do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense, em junho do ano passado, às vésperas da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), provocou uma melhora significativa na qualidade de vida da região, mas deixou milhares de famílias sem a fonte de renda diária. Apesar de ter recebido uma indenização de R$ 14 mil, a maioria dos trabalhadores gastou o dinheiro sem que isso tenha garantido uma nova forma de trabalho. Em todo o estado, a estimativa é que pelo menos 40 mil pessoas vivam diretamente da reciclagem.

O tema foi discutido durante a instalação da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), criada para investigar a erradicação dos lixões fluminenses. Para o ambientalista Sergio Ricardo, é preciso respeitar o que diz a lei, quando obriga a criação de serviços de coleta seletiva, a fim de absorver os catadores.

“A lei nacional do resíduo sólido está sendo desrespeitada. Estão desativando os lixões, mas mantendo um processo de exclusão com os catadores de material reciclável. Eles não estão sendo indenizados, com exceção de Gramacho, e neste momento estão sem trabalho e sem renda”, disse o ambientalista.

A vice-presidenta da comissão, deputada Aspásia Camargo (PV), destacou a necessidade de se conciliar os ganhos ambientais com o aproveitamento da mão de obra dos catadores. “O problema não é apenas erradicar os lixões, mas também fazer com que o novo modelo de tratamento de lixo seja o melhor possível tecnologicamente e humanamente, aproveitando as pessoas. Esta comissão especial está concentrada nos bolsões de pobreza que estão sofrendo muito com a transição da política de erradicação dos lixões”, declarou.

A presidência da comissão coube à deputada Janira Rocha (PSOL), que defende a inclusão dos catadores por meio de cooperativas. “Na prática, quando a gente vai fiscalizar o que está ocorrendo, os catadores não estão incluídos. Muitos dos recursos que deveriam chegar a eles pelas prefeituras simplesmente somem. O objetivo é fiscalizar o processo de implantação da lei de resíduos sólidos”, disse Janira.

Um dos principais problemas sociais no estado é no entorno do antigo lixão de Itaoca, no município de São Gonçalo, na região metropolitana. Depois que o local foi fechado, em fevereiro do ano passado, 786 famílias perderam o seu sustento, segundo denunciou o ex-catador Adeir Albino da Silva. “A situação é a pior possível. Muitas pessoas estão doentes, perderam a força para trabalhar, mas não se aposentaram. É uma verdadeira calamidade pública. Tiraram o lixão e não nos falaram nada. Não temos mais o lixo para reciclar. A situação é de abandono e de caos total. Estamos na mais pura miséria”, denunciou.

A ex-catadora Sílvia Maria, que de uma hora para outra perdeu a sua fonte de de dinheiro, defende que haja pelo menos uma indenização. “A gente está correndo atrás de uma indenização que pelo menos possa dar para um carrinho de pipoca ou de hambúrguer. Eu não tenho como pagar o INSS para me aposentar. De onde eu vou tirar esse dinheiro, se não tem como?”, indagou Sílvia Maria, que sobrevive com cerca de R$ 70 que recebe do Programa Bolsa Família, além de doações de roupas e comida entregues por vizinhos e igrejas.

FONTE: http://www.jb.com.br

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tomada solar recarrega aparelhos na janela


Tomada solar que recarrega aparelhos na jalena

A janela da sua casa pode parecer um lugar improvável para recarregar o celular, mas uma equipe de designers industriais tornou essa opção viável. Eles criaram um carregador portátil que, quando afixado no vidro na presença da luz do sol, é capaz de produzir eletricidade com ajuda de um conversor.

O aparelho possui painéis solares em um dos lados e conta com baterias de íons de lítio, que armazenam a energia convertida. São necessárias de cinco a oito horas por dia para uma carga completa. Segundo a firma Kyuho Song & Boa Oh, a ideia do produto é expandir as alternativas para recarregar o celular e outros gadgets sem complicação. Afinal, nem sempre é fácil encontrar tomadas disponíveis por aí.

Mas calma, o projeto ainda não chegou às vias comercias de fato. Seus criadores esclarecem ao site Yanko Design que trata-se de um produto conceitual que ainda precisa de melhorias técnicas para atingir escala comercial.


FONTE: http://exame.abril.com.br

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Rio quer fechar lixões até agosto do próximo ano

Rio de Janeiro – A meta de fechar todos os lixões até agosto do ano que vem, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), certamente será alcançada no Rio de Janeiro. A garantia é do superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria de Estado de Ambiente do Rio, Victor Zveibil.

Segundo disse hoje (26) o superintendente, os 19 aterros sanitários já em funcionamento no estado e mais oito em processo de construção serão suficientes para suprir as necessidades de todos os 92 municípios fluminenses.

“No Rio de Janeiro, temos algo como 17 lixões em funcionamento, com resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo, mas eles representam apenas 5% dos resíduos sólidos gerados no estado. Na verdade, 95% dos resíduos gerados já estão indo para aterros sanitários. Estamos falando de municípios pequenos, que precisam regionalmente de consórcios e implementação desses aterros”.

Em 2012, havia cerca de 50 lixões no estado do Rio, segundo Zveibil, que participou hoje, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, do lançamento do Manual de Boas Práticas no Planejamento da Gestão dos Resíduos Sólidos, que vai servir de apoio aos municípios fluminenses. O manual foi elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos Especiais (Abrelpe).

Para o superintendente, o fechamento dos lixões em tempo hábil no estado está relacionado à criação de consórcios entre os municípios e arranjos regionais. O Rio já tem cinco consórcios formalizados entre municípios e oito em vias de serem formados. Além disso, garantiu que os lixões fechados serão remediados até 2016. A remediação inclui cobertura da área com argila e grama, e instalação de infraestrutura para captação de chorume e gás.

“Os aterros não são para atender a um único município, pois, se não se tornam viáveis economicamente, muitas vezes voltam a ser lixão, porque as prefeituras não têm recursos para mantê-los adequadamente. Em conjunto, os municípios podem financiar essa operação terceirizada do aterro a custos menores para cada um”.

Para o diretor da Abrelpe, Carlos Silva Filho, o estado do Rio está muito avançado na disposição final de resíduos, mas disse que fechar e remediar lixões não basta.

“Precisamos ter um pensamento abrangente e viabilizar alternativas que já existem, como recuperação de matéria e aproveitamento do biogás, recuperação energética dos resíduos sólidos, reciclagem com recuperação de materiais, um sistema eficiente de separação na fonte e coleta seletiva. Temos várias frentes para avançar”.

Zveibel também defende a incorporação dos catadores ao sistema de reciclagem. “Neste ano, pretendemos alcançar 100% dos municípios com o programa de coleta seletiva solidária que faz a inclusão social de catadores”, comentou. Ele alertou ainda para a falta de uma política nacional que viabilize a logística reversa, que garante o descarte adequado de produtos usados.

“O descarte de lâmpadas fluorescentes, resíduos de eletroeletrônicos, medicamentos, por exemplo, ainda dependem de acordos setoriais nacionais, pois incidem sobre os custos de produção das empresas”, disse ele. “O que não impede que se criem alternativas locais”, ressaltou.

A Lei 11.305, de 2010, determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos a fim de ter acesso a recursos financeiros do governo federal para investimento no setor.


FONTE: http://www.investvidanews.com.br