quarta-feira, 27 de março de 2013

UFRJ receberá R$ 8 milhões por ano para projetos sustentáveis

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) terá um acréscimo de cerca de R$ 8 milhões por ano em seu orçamento para investir exclusivamente em projetos de infraestrutura sustentável no campus da Ilha do Fundão zona norte. Os recursos virão do Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia para a Cidade Universitária. Segundo decreto estadual publicado em 2012, a UFRJ receberá de volta o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago na conta de luz do campus.

Está prevista a instalação de placas fotovoltaicas para produção e uso de energia elétrica. A reitoria também pretende iluminar a cidade universitária com lâmpadas de LED alimentadas por bateria solar. Outro projeto em discussão é o uso de energia solar para geração de vapor, usado na lavanderia e em outros setores do Hospital Universitário.

Projetos de sustentabilidade e eficiência energética na Ilha do Fundão serão financiados com a verba da renúncia fiscal. O valor do imposto varia de acordo com o consumo, mas a subsecretária de Economia Verde do Rio, Suzana Kahn, estima que ficará entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões por ano. "Não existe fundo com esse propósito no País", diz Suzana.

Segundo ela, a iniciativa pode funcionar como modelo para pequenas cidades investirem em projetos sustentáveis. "O Fundo Verde tornará a UFRJ um laboratório de práticas e tecnologias sustentáveis. Nosso campus é do tamanho de uma pequena cidade e esse projeto pode servir como piloto", completa.

O reitor da UFRJ, Carlos Levi, disse que há projetos de curto, médio e longo prazo. Geração de energia e mobilidade urbana são áreas consideradas prioritárias.

"Já posso vislumbrar usuários se deslocando na cidade universitária em carros elétricos ou em nossos ônibus à base de hidrogênio , disse Levi no lançamento do fundo. Segundo ele, outra perspectiva é a implantação de linhas de trem de levitação magnética na cidade universitária. O reitor pretende demonstrar a viabilidade dessa alternativa, desenvolvida na universidade, como opção de transporte urbano.

O Fundo Verde tem um conselho gestor que ficará responsável por avaliar e administrar os projetos. É formado por sete membros: dois da UFRJ, três do governo do Estado, um da concessionária de energia Light e outro da comunidade tecnológica.

"Acredito que uma das prioridades agora será a geração de energia na área hospitalar, mas isso ainda não foi definido pelo conselho", disse o vice-diretor da Coordenação dos Programas de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da UFRJ, Aquilino Martinez, que também integra o grupo, junto com a consultora do Banco Interamericano de Desenvolvimento Econômico (BID) para projetos de Energia Sustentável, Renata Bezerra Cavalcanti.

"O objetivo é que os projetos também possam ser aproveitados fora da universidade." Segundo Suzana, uma das representantes do governo, a ideia é que o campus tenha um sistema em rede - interligando geração, distribuição e uso final - que torne possível o acionamento em função da demanda. "Não basta ter um equipamento para gerar energia renovável."

FONTE: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br

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